Polícia investiga suposto pai de santo por estuprar e ameaçar mãe e filha

Homem afirmou que era membro do PCC e que mataria vítima junto de suas filhas, caso contasse o que ocorria no centro espírita

Da Redação


A Polícia Civil investiga um homem, que diz ser pai de santo, pela suspeita de estuprar mãe de, 38 anos, e filha, de 6 anos, em um Centro Espírita no bairro Coophavila II em Campo Grande. O homem ainda teria ameaçado a mulher, dizendo que ela receberia um castigo mortal por desobedecer ordens da entidade, além de afirmar que era membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) e que a mataria junto de suas filhas, caso contasse o que ocorria no centro espírita.

Conforme relatos da mulher à polícia, começou a frequentar o Centro Espirita mantido pelo suposto pai de santo, o qual sentiu uma grande influência sobre ela, por isso passou a se dedicar aos trabalhos destinados aos filhos de santo, tanto na manutenção física do local quanto nas obrigações e ritos religiosos. Preparava alimentos antes das cerimonias e ficava após o término das reuniões também.

Segundo o “Campo Grande News”, no primeiro dia que ficou após as sessões, o homem disse que precisava realizar certos rituais envolvendo a pratica sexual entre a vítima e a “entidade” (espirito que ele dizia incorporar). Ao negar, a mulher foi agredida com tapas e socos e ameaçada enquanto ouvia que receberia um castigo mortal por desobedecer às ordens da entidade.

Com medo, a mulher acabou mantendo relações sexuais com o suspeito. Após o ato, o homem passou a agir de forma ainda mais violenta usando a autoridade religiosa para obrigar a vítima a práticas sexuais, inclusive na presença de outros devotos.

A mulher ainda relata que foi obrigada a usar cocaína, o que nunca havia feito antes. Em determinado momento o pai de santo disse que para abrir um portal espiritual precisava manter relações com ambas as filhas da vítima. Mesmo sabendo que era errado, a mulher levou as meninas, mas não as deixou sozinhas.

Uma outra mulher que também frequenta o centro, tomou conhecimento após conversar com a filha mais nova da vítima. A criança disse que o suspeito a beijou na boca e que passou a mão nela, enquanto a mãe não via.

No registro policial, a mulher ainda contou que foi ameaçada de morte pelo suspeito caso contasse a alguém o que acontecia no centro espírita. O homem disse que fazia parte do PCC e que a mataria e mataria suas filhas. O caso foi registrado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

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